Interação Medicamentosa
Por: Matheus Kirton dos Anjos
Como o nome já diz, interação medicamentosa é a interação entre um ou mais medicamentos administrados concomitantemente ou não. Caracteriza-se pela alteração da ação das drogas administradas, podendo potencializar ou reduzir o efeito esperado. No caso da potencialização dizemos que os medicamentos tiveram um efeito sinérgico, enquanto que na redução um efeito antagônico.
A interação também pode alterar a forma de absorção, metabolização e eliminação dos medicamentos. Em alguns casos, podem ser desejáveis, como no caso do tratamento para hipertensão, onde se associa um medicamento diurético com um vasodilatador, como também indesejáveis onde o efeito pode ser prejudicial conferindo reações adversas de gravidades diferentes.
Um dos principais fatores de risco para a ocorrência das interações medicamentosas indesejáveis é a polifamácia ou polimedicação, ou seja, número elevado de medicamentos utilizados simultaneamente pelo paciente. Estudos demonstram que o risco aumenta proporcionalmente ao número de medicamentos utilizados, pacientes que utilizam dois medicamentos possuem um risco de ocorrência de 13%, já com 7 medicamentos o risco chega a 82%.
Dessa forma, algumas barreiras podem ser aplicadas para a ocorrência das interações indesejáveis, como por exemplo: no momento da prescrição, no aprazamento, na administração e na escolha da via de administração. Tais medidas, podem promover a segurança do paciente, prevenindo a ocorrência de eventos adversos, bem como o agravamento do quadro clínico dos pacientes. Caso não seja possível a prevenção das interações medicamentosas, a equipe de saúde deve ser notificada e o paciente acompanhado frente aos prováveis sinais e sintomas advindos dos possíveis eventos adversos.

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