terça-feira, 15 de novembro de 2016

GPESEG Explica! - Interação Fármaco-alimento


Por: Matheus Kirton

Os nutrientes provenientes da alimentação conferem importante ação no organismo humano, uma vez que participam do restabelecimento estrutural e funcional das funções orgânicas. Porém, mediante a ingestão concomitante com medicamentos, a função dos nutrientes podem ser modificas, assim como a ação medicamentosa. Esse processo denomina-se interação fármaco-alimento (IFA), e apresenta-se quando um determinado nutriente altera as funções farmacocinéticas e farmacodinâmicas de um medicamento, como também a utilização de um nutriente pelo organismo. (LOPES et al, 2013)
As interações fármaco-alimento, quando indesejadas, são facilitadas devido a maioria dos medicamentos serem administrados por via oral, tendo, geralmente, a sua administração concomitantemente com a alimentação. Determinados nutrientes podem modificar de forma significativa a ação dos medicamentos, modificando por exemplo a sua absorção, biotransformação, distribuição e excreção. Com isso, a resposta clínica esperada pode ser alterada. (LOPES, CARVALHO E FREITAS, 2010)
No ambiente hospitalar, as interações fármaco-alimento possuem grande importância clínica uma vez que, mediante a sua ocorrência, a probabilidade do comprometimento da eficiência da terapia medicamentosa se intensifica, ocasionando a diminuição ou aumento da biodisponibilidade do fármaco. Clinicamente, as IFAS podem ocasionar graves riscos ao quadro do paciente, como probabilidade de toxicidade farmacológica, desnutrição grave, aumento no custo e tempo de internação hospitalar etc. (LOPES, CARVALHO E FREITAS, 2010)
Mediante o exposto acima, observa-se que tais interações se configuram como um importante desafio à equipe de saúde, principalmente a de enfermagem, já que essa é diretamente responsável pela administração dos medicamentos. A ocorrência de uma indesejável interação fármaco-alimento implica diretamente na segurança medicamentosa e nutricional do paciente, pois os riscos de eventos adversos se tornam exponenciais. Dessa forma, uma maior aproximação e conhecimento da temática implica na garantia de um controle mais efetivo da administração de medicamentos e ingestão de alimentos, favorecendo a eficácia da terapia medicamentosa e nutricional, como também uma assistência de saúde livre de danos.

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