quarta-feira, 8 de novembro de 2017

GPESEG Explica! Metodologia Científica #4: Frequência do Estudo: Prevalência, Incidência e Estudo de Acurácia




FREQUÊNCIA DE ESTUDO: PREVALÊNCIA, INCIDÊNCIA
E ESTUDO DE ACURÁCIA.

Por: Patriny Marcelle Mariano Gomes 

Tratando-se de conceitos metodológicos e epidemiológicos, medidas de frequência estão relacionadas com a quantificação de determinados eventos. Dimensões de espaço, tempo, população e ocorrência são levadas em consideração para se determinar um estudo de prevalência, de incidência ou de acurácia.

  • PREVALÊNCIA

A medida de prevalência refere-se à frequência de casos existentes de uma determinada doença, considerando o momento e uma determinada população. Trata-se da detecção de casos medida pelo cálculo da proporção de pessoas com a doença instalada e o as que estão supostamente saudáveis.1 Por meio de estudos transversais que emergem casos antigos e novos num determinado local e tempo.2 Muito utilizado no campo da saúde pública, mostram a probabilidade de pessoas assintomáticas desenvolverem uma determinada condição ou doença.1 São realizados com grandes populações e não são apropriados para o estudo de ocorrências pontuais.

  • INCIDÊNCIA

Já o estudo do número ou proporção casos novos de uma doença em uma população que antes não a apresentava é conhecido como estudo de incidência.  Mediantes análises periódicas, indica-se a taxa de novas ocorrências. As medidas de incidência são utilizadas para a estimativa de risco e configura-se como estudos longitudinais.1 O cálculo matemático de incidência é definido por:

N° de casos novos de uma doença ocorridos em uma população em um determinado período/ N° de pessoas sob o risco de desenvolver a doença durante o mesmo período X 1.000

  • ESTUDOS DE ACURÁCIA

Além das medidas de frequência, no âmbito metodológico também existe os estudos de acurácia, um tipo de pesquisa que indica se um determinado método diagnóstico garanta que seu resultado positivo indique de fato a existência da doença. Há a utilização de um padrão de referência, também chamado de “padrão ouro”. Esse padrão é aquele amplamente aceito para o diagnóstico e novas abordagens precisam ser comparadas a eles. Para a comprovação da acurácia, um grupo de pessoas com determinada doença e um outro grupo não doente são submetidos ao diagnóstico pelo padrão ouro. Em seguida, ambos os grupos são submetidos ao diagnóstico pelo padrão em estudo. E então, por meio da análise estatística dos resultados, o método diagnóstico será validado ou não.1

REFERÊNCIAS
1 - Hochman B, Nahas FX, Oliveira Filho RS, Ferreira LM. Desenhos de pesquisa. Acta Cir Bras [serial online] 2005;20 Suppl. 2:02-9.

2 – Bordalo AA. Estudo transversal e/ou longitudinal. Rev. Para. Med. v.20 n.4 Belém dez. 2006

Nenhum comentário:

Postar um comentário