terça-feira, 6 de dezembro de 2016

GPESEG Explica! - Custos do Gerenciamento de RSS


Por: Patriny Gomes


O gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) engloba um conjunto de procedimentos específicos e necessários de acordo com as classificações desses resíduos. Essas classificações são determinadas de acordo com as características físicas e de risco dos resíduos, compreendendo os resíduos biológicos, químicos, rejeitos radioativos, domiciliares e perfuro-cortantes. Os procedimentos são divididos de acordo com as etapas de geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, tratamento e disposição final. 
O gerenciamento de RSS tem como objetivo minimizar a geração de resíduos e proporcionar ao mesmo um manejo seguro e eficiente. O processo de gerenciamento é de responsabilidade dos estabelecimentos geradores e requer recursos para sua efetividade, gerando custos a nível hospitalar e ambiental. Portanto, quando se trata de sustentabilidade em saúde, é preciso direcionar esforços não só para a redução de danos ao meio ambiente a longo e à população, mas também à redução de custos e recursos que, muitas vezes, acabam sendo elevados desnecessariamente.
Pesquisas mostram que cerca de 80% dos RSS gerados em hospitais podem ser considerados como semelhantes aos domiciliares. Apenas uma pequena parcela é considerada perigosa. Porém, uma vez que os profissionais desconhecem as técnicas adequadas e a segregação é realizada de forma inadequada, o montante de resíduos biológicos acaba parecendo maior e com isso o custo para o todo o processo de gerenciamento desse tipo de resíduo torna-se elevado.
Em 2012 foi publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) um diagnóstico situacional do gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. O relatório traz dados acerca dos custos relacionados desde a geração e abrangendo a coleta, o tratamento e a destinação final, envolvendo mão de obra e recursos físicos. É importante ressaltar a questão econômica para uma gestão eficiente e que promova a discussão consciente da temática e a busca pela cultura de segurança e sustentabilidade em saúde.

Referências:

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (Brasil). Resolução – RDC/ANVISA nº 306, de 7 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (Brasil). Diagnóstico dos Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde – Relatório de Pesquisa. Brasília, 2012. 

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