Por: Patriny Gomes
O gerenciamento de Resíduos de
Serviços de Saúde (RSS) engloba um conjunto de procedimentos específicos e
necessários de acordo com as classificações desses resíduos. Essas
classificações são determinadas de acordo com as características físicas e de
risco dos resíduos, compreendendo os resíduos biológicos, químicos, rejeitos
radioativos, domiciliares e perfuro-cortantes. Os procedimentos são divididos
de acordo com as etapas de geração, segregação, acondicionamento, coleta,
armazenamento, tratamento e disposição final.
O gerenciamento de RSS tem como
objetivo minimizar a geração de resíduos e proporcionar ao mesmo um manejo
seguro e eficiente. O processo de gerenciamento é de responsabilidade dos
estabelecimentos geradores e requer recursos para sua efetividade, gerando
custos a nível hospitalar e ambiental. Portanto, quando se trata de
sustentabilidade em saúde, é preciso direcionar esforços não só para a redução de
danos ao meio ambiente a longo e à população, mas também à redução de custos e
recursos que, muitas vezes, acabam sendo elevados desnecessariamente.
Pesquisas mostram que cerca de 80%
dos RSS gerados em hospitais podem ser considerados como semelhantes aos
domiciliares. Apenas uma pequena parcela é considerada perigosa. Porém, uma vez
que os profissionais desconhecem as técnicas adequadas e a segregação é
realizada de forma inadequada, o montante de resíduos biológicos acaba
parecendo maior e com isso o custo para o todo o processo de gerenciamento
desse tipo de resíduo torna-se elevado.
Em 2012 foi publicado pelo
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) um diagnóstico situacional do
gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. O relatório traz dados acerca
dos custos relacionados desde a geração e abrangendo a coleta, o tratamento e a
destinação final, envolvendo mão de obra e recursos físicos. É importante
ressaltar a questão econômica para uma gestão eficiente e que promova a
discussão consciente da temática e a busca pela cultura de segurança e
sustentabilidade em saúde.
Referências:
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (Brasil). Resolução – RDC/ANVISA nº 306, de 7 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (Brasil). Diagnóstico dos Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde – Relatório de Pesquisa. Brasília, 2012.
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