Por: Jennifer Amazonas
Kaneko et al (2016) em seu estudo intitulado "Simulação in situ, uma metodologia de treinamento multidisciplinar para identificar oportunidades de melhoria na segurança do paciente em uma unidade de alto risco" relatam uma experiência de uso da simulação in situ para treinar equipes e identificar ameaças latentes à segurança (ALS) em uma unidade de pronto atendimento.
A simulação realística é uma forma de treinamento que substitui ou amplifica vivências reais por aquelas que se assemelham ao mundo real de modo interativo. A simulação in situ, por sua vez, permite que o treinamento dos profissionais no âmbito de trabalho em cenário simulado. Isto auxilia no processo de análise da competência do sistema de atendimento, do trabalho em equipe e da detecção de ALS.
O estudo foi realizado na Unidade Ibirapuera do Hospital Israelita Albert Einstein e optou-se por a simulação ser empregada à equipe que não estivesse em atuação no momento para evitar a interrupção nos atendimentos. Os instrutores que participavam da simulação eram compostos por um médico e uma enfermeira que não faziam parte da unidade de pronto atendimento e que acompanhavam desde a chegada do ator até o término do atendimento com um checklist específico.
Utilizou-se uma simulação híbrida de 30 minutos com ator e simulador de alta fidelidade (SimMan3G) e dentre os objetivos do cenário proposto, vale ressaltar: a avaliação de possibilidades de riscos à segurança do paciente e a avaliação da aderência aos protocolos institucionais e diretrizes das práticas assistenciais baseadas em evidências. Após o encerramento da cena, foi feito um debriefing estruturado, onde vários aspectos do atendimento foram abordados e os checklists e a filmagem foram utilizados como guia.
Como resultados, o caso proporcionou vários aprendizados como a análise do fluxo de atendimento de um paciente grave desde como sua chegada, sua passagem pela triagem e seu atendimento pela emergência. Foi possível identificar 4 ALS: falta de treinamento dos profissionais da recepção, modo errôneo de encaminhamento do paciente à emergência, localização da prancha rígida e dificuldade de ligar o capnógrafo durante a ressuscitação. Além disso, observou-se problema na manutenção da efetividade das compressões com o prolongamento do atendimento.
Avaliou-se positivamente a atividade, uma vez que houve maior integração da equipe multidisciplinar. Os autores concluiram que a simulação in situ pode ser utilizada posteriormente de forma sistemática para aprimoramento contínuo dos profissionais, objetivando melhorar a qualidade do atendimento e a segurança do paciente.
REFERÊNCIAS:
KANEKO, R. M. U. et al. Simulação in situ, uma metodologia de treinamento multidisciplinar para identificar oportunidades de melhoria na segurança do paciente em uma unidade de alto risco. Rev. bras. educ. med, v. 39, n. 2, p. 286-293, 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022015000200286> Acessado em: 4 de dezembro de 2016.
A simulação realística é uma forma de treinamento que substitui ou amplifica vivências reais por aquelas que se assemelham ao mundo real de modo interativo. A simulação in situ, por sua vez, permite que o treinamento dos profissionais no âmbito de trabalho em cenário simulado. Isto auxilia no processo de análise da competência do sistema de atendimento, do trabalho em equipe e da detecção de ALS.
O estudo foi realizado na Unidade Ibirapuera do Hospital Israelita Albert Einstein e optou-se por a simulação ser empregada à equipe que não estivesse em atuação no momento para evitar a interrupção nos atendimentos. Os instrutores que participavam da simulação eram compostos por um médico e uma enfermeira que não faziam parte da unidade de pronto atendimento e que acompanhavam desde a chegada do ator até o término do atendimento com um checklist específico.
Utilizou-se uma simulação híbrida de 30 minutos com ator e simulador de alta fidelidade (SimMan3G) e dentre os objetivos do cenário proposto, vale ressaltar: a avaliação de possibilidades de riscos à segurança do paciente e a avaliação da aderência aos protocolos institucionais e diretrizes das práticas assistenciais baseadas em evidências. Após o encerramento da cena, foi feito um debriefing estruturado, onde vários aspectos do atendimento foram abordados e os checklists e a filmagem foram utilizados como guia.
Como resultados, o caso proporcionou vários aprendizados como a análise do fluxo de atendimento de um paciente grave desde como sua chegada, sua passagem pela triagem e seu atendimento pela emergência. Foi possível identificar 4 ALS: falta de treinamento dos profissionais da recepção, modo errôneo de encaminhamento do paciente à emergência, localização da prancha rígida e dificuldade de ligar o capnógrafo durante a ressuscitação. Além disso, observou-se problema na manutenção da efetividade das compressões com o prolongamento do atendimento.
Avaliou-se positivamente a atividade, uma vez que houve maior integração da equipe multidisciplinar. Os autores concluiram que a simulação in situ pode ser utilizada posteriormente de forma sistemática para aprimoramento contínuo dos profissionais, objetivando melhorar a qualidade do atendimento e a segurança do paciente.
REFERÊNCIAS:
KANEKO, R. M. U. et al. Simulação in situ, uma metodologia de treinamento multidisciplinar para identificar oportunidades de melhoria na segurança do paciente em uma unidade de alto risco. Rev. bras. educ. med, v. 39, n. 2, p. 286-293, 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022015000200286> Acessado em: 4 de dezembro de 2016.
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