terça-feira, 12 de dezembro de 2017

GPESEG Explica! - Tecnologias utilizadas em prol da sustentabilidade hospitalar


Por: Natália da Conceição

As instituições hospitalares não mais se preocupam somente em ter um ambiente adequado para o processo de assistir o cliente, como também com a necessidade de sua adequação aos critérios considerados como sustentáveis.

Atualmente vem crescendo a preocupação com os impactos ambientais envolvidos nos cuidados relacionados à saúde. Iniciativas como a redução do consumo de eletricidade, papel, água e climatização implicam significativamente na redução de custos das instituições, sendo a melhor utilização dos recursos e seu melhor aproveitamento considerados metas a serem alcançadas.  

O setor de saúde é considerado um dos que causam maior impacto no meio ambiente. Portanto, promover o desenvolvimento dele de forma sustentável torna-se imprescindível, a fim de contribuir para a melhora da eficiência e qualidade dos estabelecimentos.¹

Uma gestão mais alinhada à preservação de recursos é de extrema importância utilizando-se de ferramentas para operacionalização desses objetivos. Tecnologias pautadas na sustentabilidade tornam-se cruciais instrumentos para o alcance dessas metas.

 A Agenda Global para Hospitais Verdes e Saudáveis (AGHVS) destaca dez itens que devem ser observados pela instituição de saúde, para direcionar ações no foco da sustentabilidade, sendo: Liderança, Substâncias Químicas, Resíduos, Energia, Água, Transporte, Alimentos, Produtos Farmacêuticos, Edifícios e Compras. ²

Nesse contexto é pertinente discutir as tecnologias utilizadas em prol de viabilizar a sustentabilidade nos hospitais. 

No Brasil e pelo mundo, atualmente é possível encontrar diversos casos de hospitais sustentáveis, assim considerados por suas práticas ambientais. O Ochsner Health System, localizado em New Orleans, faz uso da água do rio Mississippi para substituir suas tradicionais torres de resfriamento para ar-condicionado, atitude que levou o empreendimento a ter a uma economia de 3 milhões de dólares com eletricidade, durante um ano. Também foram trocadas mais de 60 mil lâmpadas por modelos mais eficientes, diminuindo o consumo em 20%, e diversos motores de sucção e bombas por motores de velocidade variada. Tais ações fizeram com que o custo energético do hospital fosse reduzido para 350 mil dólares por ano.³

No Brasil, destaca-se o Hospital Albert Einstein unidade no Morumbi, em São Paulo, conta com cobertura vegetada, iluminação de alta eficiência, fachada ventilada, vidros insulados de alto desempenho, reaproveitamento de águas pluviais e drenos do sistema de ar condicionado, iluminação natural nas salas de exame, praça aberta à comunidade, calçamento semipermeável, pavimentos externos com alto índice de reflexão solar (SRI), irrigação de alta eficiência e tintas e colas à base d’água. ³

Diante do discutido anteriormente, conclui-se que não podemos pensar em saúde e no desenvolvimento futuro que não sejam pautados em tecnologias sustentáveis, pois comprovadamente percebemos seus impactos e resultados em diversos setores quando empregados.

Referências:
1 - Furukawa PO, Cunha ICKO, Pedreira MLG. Evaluation of environmentally sustainable actions in the medication process. Rev. Bras. Enferm [Internet]. 2016; 69 (1):16-22.
2 - Oliveira, P. R; Silva, T. R. C; Silva, A. O. A. N. J; Bottoni, A. Hospital sustentável - um desafio financeiro, social e ambiental. SICI 2015 – Simpósio Internacional de Ciências Integradas. UNAERP – Campus Guarujá, 2015. 
3– Filho, A. M. “Green Hospitals”: Certificação LEED® para hospitais sustentáveis. http://www.gbcbrasil.org.br/estudos.php. Acesso em: 04 de dezembro 2017.

Nenhum comentário:

Postar um comentário