terça-feira, 19 de junho de 2018

GPESEG Explica! – Segurança do paciente: Uso indiscriminado de antibióticos e resistência bacteriana



Por: Thamires Goulart

O GPESEG explica de hoje será sobre o uso indiscriminado de antibióticos e resistência bacteriana. Os antibióticos são fármacos que inovaram o tratamento de doenças causadas por bactérias e diminuíram mundialmente e significativamente as taxas de morbimortalidade associadas a infecções. Esses possuem ação bactericida e/ou bacteriostáticas, sendo capazes de destruir as bactérias ou inibirem seu crescimento. Porém, o uso indiscriminado desses fármacos favorece a resistência das bactérias visto que este é um processo natural. ¹,²

O termo resistência à bactérias refere-se a eficiência das bactérias em resistirem à ação de um  antibiótico. Assim, essas bactérias não são inativadas durante o tratamento com o antibiótico e se
multiplicam gerando bactérias com o mesmo gene de resistência ao antibiótico em questão. As
bactérias sensíveis ao antimicrobiano são eliminadas e as resistentes permanecem metabolicamente
ativas.¹

A utilização inadequada de antibióticos desencadeia a seleção das bactérias mais resistentes, as quais são popularmente conhecidas como “superbactérias” (que não é tecnicamente o termo mais correto).
Essas são micro-organismos que adquiriram diversos mecanismos de resistência aos antibióticos.
Tecnicamente, essas bactérias são chamadas de multirresistentes, ou seja, resistem a várias classes de
antibióticos. Assim, seu tratamento fica restrito a poucos antibióticos eficazes.¹,³

A transmissão de micro-organismos resistentes ocorre principalmente pelo contato das mãos.¹ Assim,
é de suma importância que os profissionais de saúde e toda a população estejam capacitados, treinados e informados quanto a higienização das mãos eficaz e frequente.¹

Ocasionalmente, as principais consequências de infecções por bactérias multirresistentes são
prolongamento do tempo de internação, maiores custos médicos e aumento da mortalidade. Para
reduzir o número de infecções por bactérias multirresistentes e a sua proliferação, é de suma
importância que medidas profiláticas sejam utilizadas, como por exemplo, o uso racional dos
antibióticos, prevenção de infecções bacterianas, controle e prevenção da disseminação de micro- organismos resistentes, higienização das mãos eficaz e frequente. Além disso, a busca por metabólitos ativos contra diferentes micro-organismos patogênicos deve ser ativa, contínua e valorizada.²


REFERÊNCIAS:
1. Biblioteca de Ciências Biomédicas/ICICT/FIOCRUZ. Resistência bacteriana aos antibióticos. Rio de Janeiro, 2018. Disponível em: <http://www.fiocruz.br/ioc/media/resistencia_bacteriana_antibioticos_ioc_fiocruz.pdf>. Acesso em:
01/06/18.
2. COSTA, Anderson Luiz e JUNIOR, Antonio. Resistência bacteriana aos antibióticos e Saúde Pública: uma breve revisão de literatura, 2017. Publicado em Estação Científica- UNIFAP. Disponível em: <https://periodicos.unifap.br/index.php/estacao/article/view/2555>. Acesso em: 01/06/18.
3. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resistência Antimicrobiana: Uso incorreto de antibiótico estimula superbactérias, 2017. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/abuso-de-antibiotico-
estimula-superbacterias/219201/pop_up?inheritRedirect=false>. Acesso em: 01/06/18

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