terça-feira, 9 de outubro de 2018

GPESEG Explica! – Aplicabilidade de tecnologias para segurança do paciente

Por: Fernanda Anjos

O termo “Segurança do Paciente” inicialmente parece de fácil entendimento e aplicação, entretanto possui muitas dimensões conceituais para que tenhamos seu total conhecimento e implantação. 
A segurança do paciente pode ser definida como o ato de evitar, prevenir e melhorar resultados impróprios associados aos cuidados em saúde, utilizando metodologias baseadas em evidências científicas. Este assunto tem se tornado prioritário na área da saúde, uma vez que auxilia na prevenção da ocorrência de eventos adversos (EA), redução do tempo e gasto com a internação e na garantia da qualidade na assistência (1) .

Para que haja uma maior promoção desta segurança, começaram a ser implantadas tecnologias, pois quando usadas a favor da saúde, as inovações tecnológicas contribuem diretamente para a qualidade, efetividade e segurança do cuidado, resultando em um viver mais resguardado de perigos (2). Em contrapartida, caso estas inovações não sejam utilizadas de maneira adequada, acabam tornando-se preocupações ao sistema de saúde por ferirem os princípios da segurança.

Para que este desenvolvimento tecnológico então seja aplicado de maneira ideal, hospitais de todo mundo tem automatizado seus processos, sejam eles de cunho administrativo, gerencial ou assistencial. Podemos citar como exemplo: o prontuário eletrônico, a pulseira de identificação, o armazenamento de medicamentos em unidade e com código de barras, dentre outros (3). Atualmente, a saúde incorpora novas tecnologias de forma rápida e contínua, e uma das áreas que mais contribuem para esta incorporação é a segurança do paciente. Para isto, faz-se necessário a inserção de educação permanente aos profissionais de saúde, a fim de que estejam devidamente capacitados e treinados ao uso destes aparatos tecnológicos de maneira eficaz (4).

Neste sentido a avaliação das tecnologias em saúde tem o objetivo de analisar suas implicações, custo, difusão e uso, bem como conhecer seus efeitos sobre a vida humana, o trabalho e a sociedade. E é de suma importância ponderar também as conseqüências a curto, médio e longo prazo da utilização destas tecnologias e subsidiar a tomada de decisão política e clínica dos gestores de saúde (5). Diante do exposto, foi possível perceber a significância da aplicabilidade das tecnologias para manutenção da segurança dos pacientes, porém, notou-se a necessidade de treinamento e engajamento constantes por parte das equipes que atuam em conjunto com esta modernização da prática da assistência, para conferência de um cuidado de qualidade.

REFERÊNCIAS:
1- de Souza VS, Kawamoto AM, de Oliveira JLC, Tonini NS, Fernandes LM, Nicola
AL. Erros e eventos adversos: a interface com a cultura de segurança dos profissionais
de saúde. Cogitare Enferm. [Internet] 2015;20(3) [acesso em 06 Out 2018]. Disponível:
http://dx.doi.org/10.5380/ce.v20i3.40687
2- Caldana G, Guirardello EB, Urbanetto JS, Peterlini MAS, Gabriel CS. Rede
brasileira de enfermagem e segurança do paciente: desafios e perspectivas. Texto
Contexto Enferm. [Internet] 2015;24(3) [acesso em 06 Out 2018]. Disponível:
http://dx.doi.org/10.1590/0104-070720150001980014
3- Cestari, VRF; Ferreira, MA; Garces, TS; Moreira, TMM; Pessoa, VLMP; Barbosa,
IV. Aplicabilidade de inovações e tecnologias assistenciais para a segurança do
paciente: revisão integrativa. Cogitare Enfermagem [internet] vol. 22, núm. 3, 2017
[acesso em 06 Out 2018]. Disponível em:
http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=483655346001
4- Brasil. Ministério da Saúde. Documento de referência para o Programa Nacional de
Segurança do Paciente / Ministério da Saúde; Fundação Oswaldo Cruz; Agência
Nacional de Vigilância Sanitária [acesso em 06 Out 2018]. – Brasília: Ministério da
Saúde, 2014. 40 p. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/documento_referencia_programa_nacional_s
eguranca.pdf .
5- Marinho, PML; Campos, MPA; Rodrigues, EOL; Gois, CFL; Barreto, IDC.
Construção e validação de instrumento de Avaliação do Uso de Tecnologias Leves em
Unidades de Terapia Intensiva Revista Latino-Americana de Enfermagem [acesso em
07 Out 2018], vol. 24, 2016, pp. 1-8 Universidade de São Paulo Ribeirão Preto, Brasil.
Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=281449727063 


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