quarta-feira, 16 de outubro de 2019

GPESEG EXPLICA! Gerenciamento de resíduos e sua associação a infecções hospitalares


Por: Cintia de Carvalho da Silva. Acadêmica de Enfermagem da Escola de Enfermagem Anna Nery. Membro do Grupo de Pesquisa e Extensão em Segurança e Sustentabilidade em Saúde- GPESEG.

O gerenciamento de resíduos se apresenta como um beneficiário nos cuidados e prevenções de danos ao meio ambiente, um ambiente saudável e livre de doenças contribui para as futuras gerações e para a atual, uma vez que aumenta a qualidade de vida enquanto diminui os riscos químicos e físicos e contribui para uma maior responsabilidade ecológica.  Na década de 90 surge o conceito de biossegurança que previne os riscos e reduz os danos causados ao meio ambiente devido aos resíduos hospitalares, sejam eles matérias, medicamentos, etc. Ela promove o cuidado ao ser humano e ao meio ambiente e garante sustentabilidade a todas as formas de vida. Ao longo dos anos várias medidas foram criadas nos hospitais para prevenir os riscos de infecções. Na década de 80 foi criado o CCIH e posteriormente o programa de controle de infecção hospitalar. Juntamente com a resolução 33 da legislação brasileira, busca-se a diminuição de resíduos e o encaminhamento dos mesmos para um local apropriado e seguro garantindo a proteção do trabalhador, da sociedade e do meio ambiente. Segundo o gerador de risco de serviços de saúde são preconizados as seguintes diretrizes: segregação, acondicionamento, identificação, classificação, destinação final e tratamento. Essas medidas de precaução, prevenção e controle requerem uma sensibilização da comunidade envolvida, engajamento dos atores socais por meio do ensino pelo profissional que deve considerar a periculosidade dos resíduos e cuidar de si e do outro, desenvolvendo responsabilidade ecológica. A promoção a saúde envolve isso também. A resistência antimicrobiana vem aumentando e a taxa de infecção hospitalar ultrapassa a preconizada pela OMS, acarretando um impacto negativo nos hospitais. A falta de informação e de atualização dos profissionais de saúde, incluindo o enfermeiro que é o gerenciador de cuidados, afeta muito. Os hospitais e os profissionais não seguem a legislação ou não possuem estrutura para segui-la, não possuem um controle bacteriológico documentado, seja por falta de rigor ou por falta de informação. Portanto, os agentes de saúde e os profissionais de saúde devem ser o elo principal no controle da IH, respeitando a bioética e legislação, para contribuir com um meio ambiente livre de resíduos que gerem tais infecções e coloquem a vida de pacientes e funcionários em risco.

Referências:

1)    Gerenciamento dos resíduos de serviço de saúde: biossegurança e o controle das infecções hospitalares. BE Kreutz - Texto & Contexto Enfermagem; 2004. Disponível em: redalyc.org

2)      Riscos infecciosos imputados ao lixo hospitalar realidade epidemiológica ou ficção sanitária?Zanon - Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 1990 - SciELO Brasil.

3)      A prevenção e o controle de infecções: um estudo de caso com enfermeiras. RT Fontana, L Lautert – Revista brasileira de enfermagem. Brasília. Vol. 59, n …, 2006. Disponível em:  lume.ufrgs.br

Um comentário:

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